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Type: Tese
Title: Efeitos benéficos do treinamento resistido com e sem restrição de fluxo sanguíneo para pacientes com doença renal crônica: proposição do eixo músculo-cérebro- rins
Author(s): Deus, Lysleine Alves de 
First Advisor: Rosa, Thiago dos Santos
First co-advisor: Melo, Gislane Ferreira de
Summary: A saúde muscular é muito importante para a manutenção e promoção de saúde. A contração muscular rítmica promovida pelo exercício físico induz a expressão, produção e liberação das exercinas que, atuando de forma autócrina/ parácrina e endócrina, promovem a comunicação interórgão e a regulação metabólica e, por conseguinte, a saúde dos tecidos do corpo humano. Inversamente, a sarcopenia está associada a diversos desfechos patológicos, a piora do prognóstico e a mortalidade. Especificamente, em pacientes com doença renal crônica a sarcopenia é altamente prevalente o que diminui a qualidade de vida deles e os tornam mais propensos a apresentar níveis elevados de depressão. Para atenuar e/ou reverter esses efeitos deletérios, o treinamento resistido pode ser um importante aliado dada à sua especificidade. Conjectura-se que o treinamento resistido seja um veículo de promoção da saúde muscular e sistêmica induzindo efeitos protetores e reguladores metabólicos que podem contribuir positivamente com o tratamento dos pacientes com doença renal crônica. Ademais, especulase que existe um eixo músculo-cérebro-rins. No entanto, os efeitos do treinamento resistido como coadjuvante do tratamento desses pacientes permanecem pouco compreendido. Especialmente àqueles relativos à sarcopenia urêmica, homeostase glicêmica e lipêmica, função autonômica cardíaca, balanço redox, perfil inflamatório e taxa de filtração glomerular estimada (TFGe). Objetivo: Comparar e analisar a influência do treinamento resistido (TR) convencional e do treinamento resistido com restrição de fluxo sanguíneo (TR+RF) sobre a homeostase glicêmica e lipêmica, o perfil imunometabólico, o balanço redox e autonômico cardíaco, sintomas de depressão e qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica. Métodos. Inicialmente, pacientes com DRC (n=105/33M) em tratamento conservador foram separados aleatoriamente em grupo controle (CTL, n=35/11M; 57,5±5,2 anos), treinamento resistido (TR, n=35/12M; 58±6,2 anos) e treinamento resistido com restrição de fluxo (TR+RF, n=35/10M; 58±6,5 anos). Os pacientes dos grupos TR e TR+RF foram submetido a treinamento resistido progressivo com duração de 6 meses, executado 3 vezes por semana, em dia não consecutivos e cargas de treino ajustadas a cada 2 meses, a saber, TR 50%-60%-70% de 1RM e TR+RF 30%-40%-50% de 1 RM com número de repetições fixas. Em todas as sessões de treinos os pacientes estavam acompanhados por profissionais de Educação Física. A função renal foi estimada pela taxa de filtração glomerular (creatinina e cistatina) e valores de albumina sérica. Avaliação metabólica, hormonal, de biomarcadores inflamatórios e do estado redox foram analisadas em amostras de sangue doadas pelos pacientes. A variabilidade da frequência cardíaca foi gravada usando o Polar RS-800 e os dados analisados no domínio do tempo e da frequência usando o aplicativo Kubios. Adicionalmente, foi realizada análise post hoc das respostas individuais por meio do erro típico e da menor mudança válida, calculados conforme proposto por Swinton, acrescida da análise de componentes principais (PCA) para identificar a direção e a contribuição de cada variável para a manutenção da taxa de filtração glomerular estimada e verificar quais delas estavam relacionadas aos grupos de intervenção. Para avaliar a relação entre o TR, qualidade de vida e sintomas de depressão pacientes em tratamento hemodialítico foram aleatoriamente alocados nos grupos controle (CTL, n=76/36M; 66,3±3,8 anos) e TR (n=81/35M; 67,2±3,2 anos). O grupo TR completou 6 meses de treino, realizado três vezes por semana em dia não consecutivo sob supervisão de profissional da Educação Física, imediatamente antes da sessão de hemodiálise. As cargas de treino foram ajustadas usando a escala OMNI-RES. O perfil redox e níveis de BDNF foram avaliados em amostras de sangue doadas pelos pacientes. A qualidade de vida foi avaliada por meio do questionário Medical Outcomes – SF36 e o Inventário de Depressão de Beck foi aplicado. Resultados. Nos pacientes em tratamento conservador, seis meses de TR e TR+RF foram similarmente eficientes em melhorar a homeostase glicêmica (CTL 134,5±10,5 vs. TR 120,6±11,4 vs. TR+RF 121,5±14,2; p<000,1), os valores dos hormônios mediadores de captação de glicose (irisina: CTL 24,58±3,8 vs. TR 35,3±9,2 vs. TR+RF 37,15±10,4 / adiponectina: CTL 36,8±20,6 vs. TR 56,77±19,6 vs. TR+RF 59,6±18,5 / SIRT-1: CTL 0,67±0,3 vs. TR 0,89±0,3 vs. TR+RF 0,79±0,26; p<0,001), a defesa antioxidante (PON-1: CTL -16±26 vs. TR +23±41 vs. TR+RF 30±72; p<0,001) e a função autonômica cardíaca (RR ms: CTL 907± 208 vs. TR 1064±224 vs. TR+RF 1047±193; p<0,001); além de diminuir os valores dos biomarcadores pró-inflamatórios e fibróticos (TGF-β: CTL +75±889 vs. TR - 509±591 vs. TR+RF -698±620 / PCR: CTL +0,02±0,69 vs. TR -2,8±1,9 vs. TR+RF -2,5±2,3 / GDF-15: CTL +132,9±307 vs. TR -93,8±289 vs. TR+RF -164,1±285; p<0,001) e oxidativo (MPO: CTL +0,48±19 vs. TR -34,37±47 vs. TR+RF -26,6±34; p<0,001). Somados, esses achados parecem ter contribuído para a atenuação da queda taxa de filtração glomerular estimada (CTL -8,45±1,5 vs. TR -3,7±1,9 vs. TR+RF -3,2±1,6; p<0,001). Nos pacientes em tratamento hemodialítico, o TR induziu aumento de BNDF e reequilíbrio do balanço redox, melhora da qualidade de vida e diminuição dos sintomas de depressão. Conclusão. Os protocolos de TR e TR+RF periodizados foram similarmente efetivos no tratamento da doença renal crônica para os parâmetros avaliados. Sugere-se que esses protocolos sejam incluídos no tratamento de pacientes com doença renal crônica. Existe vida após a DRC, e ela pode estar relacionados ao eixo músculo-cérebro-rins.
Abstract: Background: Recently, the scientific community began to discover and understand the vital role of skeletal muscles as an endocrine organ and in maintaining the health of the human body. The rhythmic muscle contraction promoted by physical exercise induces the expression, production, and release of exerkines which, acting in an autocrine/paracrine and endocrine manner, promote interorgan communication and metabolic regulation and, therefore, the health of human body tissues. On the other hand, sarcopenia is associated with several pathological outcomes, a worse prognosis, and mortality. Specifically, in patients with chronic kidney disease, sarcopenia is highly prevalent, which decreases their quality of life and makes them more likely to have high levels of depression. In this sense, resistance training can be an important ally, given its specificity, to mitigate and/or reverse these harmful effects. It is conjectured that resistance training is a vehicle for promoting muscular and systemic health, inducing protective effects and metabolic regulators that can contribute positively to the treatment of patients with chronic kidney disease. Furthermore, it is speculated that there is a muscle-brain-kidney axis. However, the effects of resistance training as an adjunct to the treatment of these patients remain poorly understood. Especially those related to uremic sarcopenia, glycemic and lipemic homeostasis, cardiac autonomic function, redox balance, inflammatory profile, and estimated glomerular filtration rate (eGFR). Objective: We aimed to analyze the influence of conventional resistance training (RT) and resistance training with blood flow restriction (RT+RF) on glycemic and lipemic homeostasis, immunometabolic profile, cardiac redox and autonomic balance, symptoms of depression, and quality of life of patients with chronic kidney disease. Methods: Initially, we evaluated patients with CKD (n=105; 33 women) on conservative treatment. They were randomly separated into a control group (CTL, n=35; 11F), resistance training (RT, n=35; 12F), and resistance training with flow restriction (RT+BFR, n=35; 10F). RT and RT+BFR groups underwent progressive resistance training lasting 6 months, performed 3 times a week, on non-consecutive days and training loads adjusted every 2 months, namely, RT 50%-60%-70 % of 1RM and RT+BFR 30%-40%-50% of 1 RM with a fixed number of repetitions. Patients were supervised by strength and conditioning professionals during every training session. Renal function was assessed by estimated glomerular filtration rate (creatinine and cystatin) and serum albumin. Metabolic, hormonal, and inflammatory biomarkers and redox status were analyzed in blood samples donated by patients. Heart rate variability was recorded using Polar RS-800 and data was analyzed in time and frequency domains using the Kubios app. Additionally, a post hoc analysis of individual responses was performed using the typical error and the smallest worthwhile change, calculated according to Swinton, also principal component analysis (PCA) to identify the direction and contribution of each variable to the maintenance of the estimated glomerular filtration rate and verify which of them were related to the intervention groups. Intend to assess the relationship between RT, quality of life, and symptoms of depression, we selected patients under hemodialysis treatment and randomly divided them into control (CTL, n=76/36F) and RT (n=81/35F) groups. The RT group completed 6 months of training, three times a week on a non-consecutive day under the supervision of a strength and conditioning professional, immediately before the hemodialysis session. Training loads were adjusted using the OMNI-RES scale. The redox profile and BDNF levels were evaluated in blood samples donated by the patients. Quality of life was assessed using the Medical Outcomes Questionnaire – SF36 and the Beck Depression Inventory was applied. Results: Patients under conservative treatment, six months of RT and RT+BFR were similarly efficient in improving glycemic homeostasis, levels of glucoseuptake hormone mediators (exercise), antioxidant defense, and cardiac autonomic function; in addition to decreasing the values of pro-inflammatory, fibrotic, and oxidative biomarkers; together these findings seem to have contributed to delay the drop in the estimated glomerular filtration rate. In patients undergoing hemodialysis, RT induced an increase in BNDF and tempers the redox balance, improving quality of life and reducing symptoms of depression. Conclusion. RT and RT+BFR help to improve the treatment of chronic kidney disease. In patients under conservative treatment, RT and RT+BFR contributed to metabolic regulation and preservation of renal function. For patients undergoing hemodialysis treatment, RT improved aspects related to mental health and attenuation of the symptoms resulting from the disease. Thus, we suggest that progressive RT and RT+BFR be included in the treatment of patients with chronic kidney disease regardless of stage.
Keywords: Treinamento de força
Oclusão vascular
Exercinas
Função autonômica cardíaca
Depressão
Renal failure
Strength training
Sympathetic
Parasympathetic
Vascular occlusion
Resistance training
Exerkines
Autonomic cardiac function
Redox balance
Oxidative stress
Hypoxia
Renal failure
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICA
Language: por
Parents: Brasil
Publisher: Universidade Católica de Brasília
Institution Abbreviation: UCB
Department: Escola de Saúde e Medicina
Program: Programa Stricto Sensu em Educação Física
Citation: DEUS, Lysleine Alves de. Efeitos benéficos do treinamento resistido com e sem restrição de fluxo sanguíneo para pacientes com doença renal crônica: proposição do eixo músculo-cérebro- rins. 2023. 13 f. Tese (Programa Stricto Sensu em Educação Física) - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2023.
Access Type: Acesso Parcial
URI: https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/handle/tede/3182
Document date: 28-Feb-2023
Appears in Collections:Programa de Pós-Graduação em Educação Física

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